Aviso legal
Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma ficção. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, feita apenas de fã para fã sem o objetivo de denegrir ou violar as imagens dos artistas.
- Você
está fora do seu juízo! Isso não é possível, Angeline.
Meu pai gritava pelo quarto do
hospital que nem um alucinado. Cheguei aqui tem mais ou menos duas horas. Z, o
cara que me seqüestrou, me deixou em uma estação de trem, me deu dinheiro e eu
fui sozinha para casa. Não queria ter vindo embora, preferia ficar lá. E nesse
exato momento eu estou em uma discussão com o meu pai, porque eu não quero
fazer a denuncia de seqüestro, e não há ninguém nesse mundo que irá
convencer-me de denunciar o Z.
- Eu não
fui seqüestrada, quantas vezes eu vou ter que dizer isso? Eu estava nervosa com
tudo, com o casamento e decidi ir embora, ficar um tempo fora, pensar na vida,
foi apenas isso. – Respondi.
Meu pai deu uma porrada na parede e
ficou como um louco bagunçando o cabelo. Ele está irado comigo, nunca o vi com
tanta raiva de mim.
- Você
tem noção do que fez Angeline? Você poderia ter enviado notícias, alguma coisa,
você só pode ter ficado louca, só pode ser isso.
- Sim,
provavelmente é isso. – Concordei com ele.
Não era pra eu ter voltado, era para
eu ter pedido ao Z para ele me deixar ficar, mas eu não pedi.
-
Sebastian quer te ver. – Ele disse.
- Eu não
quero vê-lo.
- Ele é
seu noivo.
- Você
sabe que foi por causa disso que eu sumi, você tem noção disso? Que essa
história de casamento vem consumindo a minha sanidade, que eu não quero isso de
forma alguma. Pare de falar como se eu amasse Sebastian, eu não o amo, e nunca
amarei.
Meu pai não disse mais nada, ele
apenas me ignorou e saiu do meu quarto batendo a porta com força quando a
fechou. Eu comecei a chorar, só isso que eu sei fazer desde que eu cheguei em
casa. Nada me conforta, absolutamente nada vai ser capaz de me confortar. Minha
casa não é a minha casa, é um lugar estranho e um ambiente ruim para mim, por
isso que foi melhor eu ficar longe, queria ficar longe por mais tempo, queria
poder ficar sempre com Z, lá não tinha problemas para resolver, não tinha
coisas ruins acontecendo na minha vida. Ficar lá foi como estar em uma colônia
de férias.
Lembrei no dia em que fomos a uma
festa, foi a melhor noite da minha vida, eu me senti livre e alegre.
......
Z disse que iríamos a uma festa, eu
nunca fui em uma, meus pais nunca permitiram que eu fosse, diziam que eu não
era uma menina para freqüentar festas de jovens imprudentes. Eu nunca soube se
eu era ou não uma menina para freqüentar festas, nunca soube se eu iria gostar,
mas eu queria provar um pouco disso.
Dentro do carro foi silencioso, ele
não tirava os olhos da estrada e eu não conseguia deixar de olhá-lo. Ele é
lindo, eu adoraria saber mais sobre ele, mas ele não deixa escapar nada,
absolutamente nada. Eu me esforcei para não falar nada, para não perguntar nada
enquanto íamos para a tal festa.
Ele estacionou em frente a uma casa,
o som era alto e tinha bastantes carros estacionados na rua e muitas pessoas do
lado de fora da casa. Z soltou o cinto de segurança e eu fiz o mesmo, fique
esperando ele dizer alguma coisa.
-
Primeiro de tudo, não saia do meu lado nem por um segundo, só converse com quem
eu conversar, entendeu?
Apenas afirmei com a cabeça. Ele
saiu do carro e me esperou do lado de fora, eu dei um suspiro e sai. Ele
estendeu a mão para mim e eu peguei na mão dele. Tremi na base senti meu mundo
em câmera lenta enquanto entrávamos na casa. A atenção de todos ficou voltada
para a gente, senti-me nervosa, e comecei a entrar em rubor.
Ele segurava a minha mão firmemente,
e eu senti que posso confiar nele, senti que estou segura enquanto estou com
ele.
- Quer
beber alguma coisa? – Ele sussurrou no meu ouvido quando entramos. Fiquei
arrepiada dos pés a cabeça.
- Um
refrigerante.
Andamos de mãos dadas até a cozinha
da casa, ele pegou dois refrigerantes na geladeira e me deu um. Pensei que ele
fosse beber cerveja, ou uma dessas bebidas que está no balcão, mas parece que
não. Ele encostou-se na parede e ficou analisando as pessoas em volta, nem
sequer olhou para mim. E eu estou vidrada nele, obvio que estou da mesma forma
que todas as meninas desse cômodo estão, todas olhando, babando e cochichando
sobre ele. Senti uma coisa queimando dentro de mim, e posso jurar que não é
nada, posso jurar que não estou sentindo nem um pingo de ciúmes dele. Ele é
muito bonito, e ele é a única pessoa que eu tive contato nesses últimos três
dias, é normal eu criar algum tipo de afeto? É como se eu o conhece há um
tempo, mas eu não me lembro de onde, e isso me deixa maluca. Eu tento lembrar,
mas não vem nenhuma memória na minha mente.
- Quer
ir para um lugar menos barulhento? – Ele perguntou.
- Pode
ser.
Depois que eu respondi subimos,
fomos para uma varanda do segundo andar da casa, não tinha ninguém lá e era bem
mais silencioso mesmo. Fiquei apoiada na grade da varanda olhando o movimento
na rua, olhando as pessoas entrando na festa.
- Por
que você fez isso? – Perguntei.
Ele não respondeu, fingiu que não me
ouviu como sempre. Ele sempre está sereno, não demonstra nenhum tipo de
sentimento, ou seja, o que for.
- Eu te
fiz uma pergunta Z, não finja que não me ouviu, eu sei que você não é surdo.
Ele sorriu no canto da boca e olhou
para mim. Eu engoli aquele olhar a seco, mas fiquei feliz em vê-lo rindo.
- Você
vai ficar sabendo das coisas um dia, Angeline. Nada nessa vida passa em branco.
– Ele respondeu e voltou a olhar para frente.
- Mas eu
quero saber agora.
- Agora
não é a hora.
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