In Love WIth A Criminal #8

|| || 7 comentários:

Aviso legal
Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma ficção. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, feita apenas de fã para fã sem o objetivo de denegrir ou violar as imagens dos artistas.

                Ficamos na sala de espera aguardando por notícias de Waliyha. Comentei com Trisha por alto sobre as coisas que ocorreram no último ano de minha vida, e quando ela perguntou sobre como Z e eu nos reencontramos ele disse que me conheceu em uma festa e que ficamos próximos desde então. Achei uma boa desculpa, eu não sei como Trisha iria reagir se ele soubesse que eu fui raptada por ele, mas não seria uma boa reação, apesar de ele ter me tratado bem, bem do jeito dele. 

- Acho melhor ir embora. – Comentei, me levantando.

- Por quê? – Trisha perguntou.

- Waliyha vai acordar de uma anestesia, e essa agitação pode ser demais para ela.

- Eu levo você. – Z disse.

- Não, pode deixar, eu chamo um táxi, fique aqui e aguarde a sua irmã acordar, Z.

                Z apenas concordou com a cabeça, e eu me despedi com a Trisha com um abraço apertado, dei um aperto de mão em Z, ou Zain, e saí. Não conseguia caminhar direito, porque tudo era tão inacreditável em minha cabeça. Quero poder entender o motivo de Z ter feito isso comigo, ele poderia ter usado uma abordagem diferente em vez de um seqüestro, com certeza seria mais fácil. Apesar de todas as dúvidas que estão pairando sobre a minha cabeça eu estou feliz, eu estou feliz por reencontrar Trisha e por finalmente saber o nome de Z. Zain Malik...

                Voltei para casa com um sorriso bobo no rosto e entrei cantarolando. Estou feliz, pela primeira vez em um bom tempo eu consigo me sentir feliz. Meus pais estão na sala de estar, pararam de conversar assim que me viram.

- Boa noite. – Sorri para eles.

- Será que eu posso saber por onde você estava? – Meu pai perguntou, ele está com raiva de mim.

- Andando por ai, eu estava precisando disso. – Respondi.

- Você é maluca, Angeline? – Minha mãe gritou.

- Por quê? – Perguntei.

- Você faz aquele seu show ridículo, depois se tranca no seu quarto e some do nada, sem levar o seu celular! Estou cansada dos seus surtos de infantilidade, você tem que começar a entrar nos eixos...

- Ou o quê? – Debochei.

                Senti um tapa estalando no meu rosto. Não pude imaginar que a minha mãe iria fazer isso. Meu rosto começou a queimar e senti um corte no meu lábio e o gosto de sangue. Minha mãe colocou a mão na boca incrédula, não acreditava no que tinha acabado de fazer.

- Ana! – Meu pai gritou. – Como se atreve em encostar a mão na minha filha?
                              
                Ele a tirou de perto de mim e perguntou se eu estava bem. Senti-me humilhada.

- Obrigada, mãe.

                Subi correndo para o meu quarto ignorando o meu pai, ele começou a gritar com a minha mãe, mas eu não prestei atenção no que diziam. Olhei-me no espelho do banheiro do meu quarto e lá estava o corte em meu lábio, o bendito corte em meu lábio. Jamais pensei que minha mãe seria capaz de fazer isso.

                Tomei um banho e me deitei na minha cama, mas não conseguia dormir, porque o nome de Zain ficava na minha cabeça como uma musica na função de repetir. O que acabou de acontecer não estragou a minha felicidade, não diminuiu o sentimento que está dentro do meu peito, agora ele tem um nome, e é Zain.  

                Não conseguia dormir e eu acabei mandando uma mensagem para Zain perguntando sobre Waliyha.

“Ela está bem, a cirurgia foi ótima, está tarde, vá dormir. Boa noite.”

                Curta e simples a sua resposta, assim como ele é. Sempre sem muitas palavras, até mesmo por mensagem de texto, Z sendo Z, ou melhor, Zain sendo Zain. Não consigo parar de pensar no nome dele, na forma como ele pronunciou o seu nome para a recepcionista do hospital. E ele foi firme, não gaguejou ou vacilou na hora de dizer o seu nome perto de mim.

                Dormi como uma pedra quando finalmente caí no sono. Sonhei com Z, que estávamos em uma praia, mas tudo passou tão rápido e eu quase chorei quando fui acordada pelo meu pai.

- Minha filha... – Ele disse. – Sinto muito pelo que sua mãe fez.

- Está tudo bem. – Sussurrei.

- Não quero que você vá para a faculdade hoje, não quero que a vejam com a boca desse jeito.

- Pai...

- Por favor, Angeline.

                Apenas concordei com a cabeça e ele saiu do meu quarto. Quando me olhei no espelho vi minha boca inchada e um pouco roxa, que merda, não é nem melhor eu sair de casa hoje. Vou ficar sozinha em casa sem fazer nada. E o tempo amanheceu chuvoso.

                Fui direto para a cozinha comer alguma coisa, e Rosa já estava lá preparando o almoço. Ela ficou chocada quando me viu, pude perceber pelo seu rosto.

- Está tudo bem, eu caí na escada ontem de noite, não é nada.

- Sei...

                Ela fingiu que acreditou. Realmente é bem difícil de acreditar que eu caí na escada e machuquei meu lábio, é a desculpa mais clichê que existe. Depois ela não perguntou mais nada, apenas serviu meu café da manhã e perguntou se eu estou me sentindo melhor de ontem, e não tem como negar isso, só de pensar de ontem um sorriso enorme surgiu em mim. E ela sorriu para mim como se soubesse de alguma coisa.

- E ele tem nome? – Ela perguntou.

- Agora ele tem. – Respondi.

- Isso é ótimo.

                Ela piscou para mim e voltou a fazer seus afazeres. O que aconteceu ontem não afetou a minha felicidade, continuo me sentindo plena. Depois de tomar café da manhã eu passei uma pomada em meu lábio e fiquei no meu quarto adiantando alguns trabalhos da minha faculdade, e eu acabei de me tocar que eu não sei de nada. Eu faltei às aulas por um tempo e quando eu vou às aulas fica difícil de me concentrar, não consigo prestar atenção em nada. O que eu estou fazendo da minha vida, eu vou ser reprovada desse jeito.

                Meu pai chegou mais cedo em casa e eu fui conversar com ele sobre isso, e ele foi até compreensivo demais, expliquei para ele que os últimos eventos da minha vida foram complicados, porem omiti muitas coisas, não citei nada sobre Z, ou Trisha. Apenas disse que muitas coisas aconteceram em um curto período de tempo em minha vida e que isso tirou o meu foco e que eu quero trancar a faculdade para poder ajeitar as coisas na minha vida. E ele concordou, mas eu não sei o que irei ajeitar.



In Love With A Criminal #7

|| || Nenhum comentário:

Aviso legal
Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma ficção. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, feita apenas de fã para fã sem o objetivo de denegrir ou violar as imagens dos artistas.

                Z estava mais quieto que de costume, e eu não preferi dizer nada a ele, ele está desesperado, a notícia que acabou de receber realmente mexeu com ele.  Não sabia que Z poderia ser assim, nem imaginava que ele tem família, ele nunca deixou transparecer esse lado dele. Quando chegamos ao hospital ele foi direto para a recepção e eu fui atrás dele.

- Olá, eu vim acompanhar a minha irmã, ela acabou de dar entrada nesse hospital. – Disse ele a recepcionista.

- O senhor pode me informar o nome dela?

- Waliyha Malik.

                Eu fiquei pálida olhando para Z, provavelmente eu acabei de descobrir o sobrenome dele. Agora me basta saber o nome dele.

- Seu nome e da sua acompanhante. – Ela olhou para mim e eu me virei para ela.

- Angeline Collins. – Respondi e depois eu olhei para Z, esperando ele dizer alguma coisa.

- Zain Malik.

                Ele me encarou. Senti a minha respiração para por uns instantes. Zain Malik, esse é o nome que ele escondeu de mim esse tempo todo. Zain Malik é o nome em que eu mais tive interesse em saber durante todo esse tempo, e o jeito que eu soube dele é dessa forma, não porque ele quis me contar, ele não disse diretamente para mim, mas eu estou feliz em saber.

                A recepcionista entrou um crachá de visitante para nós dois, e fomos até o elevador. A voz dele dizendo o nome dele ecoava em minha cabeça a todo segundo, finalmente, me deu vontade de orar e agradecer por eu finalmente estar descobrindo esse nome. Esperei tanto para saber e agora eu sei. Eu o encarava para ver se esse nome é a cara dele, e é, um nome simples, curto, mas cheio de mistérios, como ele. Preciso descobrir tudo que há por trás dessas quatro letras, e por trás desse cara que está em pé ao meu lado nesse exato momento.

                Nós caminhamos rápido pelos corredores seguindo as instruções da recepcionista eu nos atendeu, chegamos até uma sala de espera e nisso Z, que agora tem nome e é Zain, saiu correndo e abraçou uma mulher, e eu fiquei de longe observando. Ele falou alguma coisa no ouvido dela e a mulher olhou para mim, com os olhos cheios de lágrimas. E eu a reconheci. É Trisha...

                Caminhei até ela e ficamos nos encarando em silêncio, eu deveria ter apenas sete anos na ultima vez em que eu a vi, ela foi embora, até hoje eu não sei a razão disso, só sei que foi horrível ficar longe dela, foi uma das coisas mais dolorosas que eu já passei na minha vida. Lembro-me dos meus pais me levando em psicólogos, e eu estava doente na época, doente de saudade.

- Por que você não me contou? – Perguntei ao Z. – Por quê?

                Trisha me abraçou e eu chorei. Milhares de lembranças voaram em minha cabeça. Ela que cuidava de mim, cuidou de mim desde que eu era pequena, era ela quem eu reconhecia como mãe, era a única pessoa que conseguiu me dar amor materno para que eu crescesse minha mãe nunca esteve comigo, só quando era necessário, sempre foi Trisha que cuidava de mim, quando eu estava doente, ou quando eu ralava meu joelho, era ela. Minha mãe nunca se importou comigo, ela sempre esteve ocupada demais com sua beleza, com suas aparições em publico, mas eu não ligava, porque eu tinha Trisha comigo, agora eu não tenho mais.

- Você está linda, é uma moça linda, Angeline, eu tentei te procurar, mas seus pais eles...

- Ela ainda não sabe mãe. – Z interrompeu.

                Olhei para ele e minha vontade era de bater nele. Ele era o menino que brincava comigo, eu não consigo me lembrar dele perfeitamente, mas agora eu sei que era ele, o filho que a Trisha levava quando ia trabalhar na minha casa. Eu me senti traída por Z, porque ele escondeu isso de mim, essa é a verdade que ele tanto esconde? Ou será que tem mais coisas que ele tem para revelar? O que eu ainda não sei?

- O que eu ainda não sei? Por favor, me fale, eu não agüento mais isso.

- Ainda não é a hora. – Foi tudo que ele disse.

                Eu apenas concordei com a cabeça e abracei a Trisha mais uma vez. Estou feliz por estar ao lado dela mais uma vez, e dessa ver eu espero que nada mais possa separar a gente de novo.
                Trisha explicou que Waliyha está com crise de apendicite e está passando por uma cirurgia de emergência, mas que não é nada muito grave, pude ver a cara de alivio de Z ao ouvir isso. Lembro de Waliyha também, ela tem a minha idade, acho que Z também tem uma irmã mais velha e uma mais nova, porém não me lembro do nome delas no momento.

- Eu estou muito feliz por ver você novamente, Angeline? – Trisha falou, sorrindo pra mim.

- Não quero mais me separar de você.

- Não vamos nos separar, querida, eu não vou deixar ninguém fazer isso novamente.


In Love With A Criminal #6

|| || Nenhum comentário:

Aviso legal
Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma ficção. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, feita apenas de fã para fã sem o objetivo de denegrir ou violar as imagens dos artistas.

                Passou uma semana desde que Z e eu saímos e ele não deu mais nenhum sinal de vida, eu também não quis procurá-lo, quero deixar que as coisas aconteçam da forma que ele preferir, porque parece que eu sempre interfiro nos planos dele. Eu voltei para a casa dos meus pais, ele disse que não gosta quando eu fique longe por muito tempo, e minha mãe falou que se preocupa com o fato de Nick ficar pondo as coisas na minha cabeça, ela usou aquele famoso bordão “eu sou sua mãe e eu que cuidarei da sua vida”, mas ela se esqueceu que eu já sou maior de idade e que eu posso cuidar de mim mesma.

                Agora acho que é tarde demais para a minha mãe vir cuidar de mim, eu sempre cresci a base de babás, nunca recebi um grande amor da minha mãe, mas do um pai sim, ele me amou do jeito dele, tanto que eu não sei o motivo dele estar querendo me forçar a casar agora, achei que ele nunca iria querer isso pra mim, ele sempre foi um bom pai. Estou me sentindo uma empresa que ele controla uma propriedade dele. Por que meus pais estão fazendo isso comigo? Por que as coisas têm que ser dessa forma? Será que a minha felicidade não conta?

                Eu não quero isso para mim, quero ser dona de mim, da minha vida, do meu destino e das minhas escolhas. Eu quero ser eu, estou me cansando de ser controlada, estou me cansando de ser o que eles querem que eu seja eu só quero ser eu, eu só quero poder ser como as outras meninas da minha idade, mas parece que tudo isso é impossível quando se têm os meus pais como pais. Parece que estou presa a um mundo de futilidade e egoísmo, onde só o dinheiro e as ações importam.

                Tudo tem sido tão difícil nessa última semana, tenho me sentido doente, mal tenho vontade de levantar da cama, só saí de casa para a faculdade e da faculdade eu venho direto para casa. Não sei por que estou sofrendo, talvez eu esteja sofrendo por tudo.

                Quando eu cheguei da faculdade ouvi a voz de Rosa, nossa empregada me chamando, eu já estava subindo a escada.

- Angeline, eu fiz o macarrão com queijo que você tanto gosta. – Disse ela sorrindo.

- Desculpe-me Dona Rosa, mas eu estou sem apetite. – Respondi.

- Oh minha querida, você está sem comer direito há dias, acha que eu não reparei, é melhor você comer alguma coisa, ou irá acabar ficando doente.

- Tudo bem, vou comer um pouco.

                Coloquei um pouco de macarrão e fui comer na cozinha enquanto Rosa lavava a louça. Ela sempre foi bastante atenciosa comigo, trabalha aqui desde quando eu era uma criança, antes uma mulher trabalhava aqui, mas eu quase não me lembro dela, só sei que eu senti muita falta quando ela foi embora e meus pais me fizeram ir ao psicólogo algumas vezes quando ela foi embora, ai eu comecei a esquecer algumas coisas da minha infância.

                Quando eu terminei de almoçar Rosa colocou sorvete para eu comer como sobremesa.

- Sorvete é a chave para corações partidos. – Disse ela enquanto me servia, e talvez seja. – O que vem afligindo o seu coração?

- Eu não sei... – Disse baixinho.

- Mas é claro que sabe, você é uma moça inteligente, diga-me, você sabe que não irei contar a ninguém.

- Eu não quero me casar, mas meus pais estão me obrigando a fazer isso, e eu sinto que não tem como eu fugir dessa situação toda.

                Comecei a chorar e ela me abraçou. Pude me sentir confortável pela primeira vez nessa última semana. Senti liberdade de chorar, me senti afagada por Rosa, uma pessoa que não é nem de minha família.

- O que está havendo aqui? – Minha mãe chegou. – Angeline pare de chorar! Irá ficar com o rosto inchado e vermelho, irá te envelhecer!

                Olhei para a minha mãe e não disse nada, levantei-me e fui para o meu quarto. Tranquei-me lá e ignorei os gritos da minha mãe do outro lado da porta. A última coisa que eu quero agora é ouvir os sermões de minha mãe.

                Fiquei chorando dentro da minha banheira, eu juro que poderia encher ela de lágrimas. Eu chorei até ouvir meu celular tocar, fui atrás dele e lá estava à letra Z em seu display, comecei a me tremer na mesma hora. Atendi o celular e ele não disse nada e eu voltei a chorar.

- O que houve? – Ele perguntou.

- Me tire daqui, Z, por favor... – Implorei.

- Onde você está?

- Na minha casa... – Respondi.

- Estarei te esperando na esquina em meia hora, tente ir lá.

                Apenas tomei um banho, peguei meus documentos e sai de casa, tentando não ser vista pela minha mãe, caminhei nas pontas dos pés com meu tênis nas mãos. Sai pela porta da cozinha e fui correndo até conseguir sair de casa, continuei correndo pelo condomínio e lá já estava o carro de Z.

                Eu entrei no carro e ele logo saiu, ele estava fumando, era a primeira vez que eu o via fumando, mas sempre pude sentir o cheiro de cigarro sendo abafado pelo cheiro de seu perfume e seu hálito de menta.

- Para onde quer ir, Angeline? – Ele quebrou o silêncio.

- Para qualquer lugar, Z. – Respondi.

                Ele dirigiu por meia hora, estacionou o carro próximo a uma trilha e saiu do carro e eu fui atrás dele. Começamos a caminhar pela trilha em silêncio, e eu já estava me sentindo melhor. Estava longe de tudo e de todos e isso que importa. Caminhamos pela trilha ate chegar a um lugar sem muitas árvores e com uma visão maravilhosa. Fiquei grata de estar ali. Grata por Z entender o que eu estava precisando no momento.

- Obrigada...

- Pelo que? – Ele perguntou confuso.

- Por me trazer aqui, estava realmente precisando vir em um lugar assim.

- Eu sei...

                Depois eu não disse mais nada. Sentamos-nos em um banco e encostei minha cabeça em seu ombro. Senti vontade de chorar, mas não de tristeza agora, senti uma paz imensa dentro de mim, que praticamente me comoveu. Precisava sentir, precisava ficar longe da minha vida por uns segundos, longe da realidade que vem me perturbando.

- Eu não quero me casar...

- Então não case.

- Mas não é simples assim, Z...

- Pode não ser Angeline, mas você não pode fazer algo que vá acabar com a sua vida porque alguém quer, a vida é sua e...

                Antes de ele terminar a frase o telefone de Z começou a tocar, ele se afastou para atender e vi que ele ficou bem tenso, passando a mão na cabeça. Ele voltou com uma cara de preocupado.

- Algum problema? – Perguntei.

- Minha irmã ela está no hospital, aconteceu alguma coisa com ela, ela vai operar, eu preciso ir lá, eu preciso... A minha irmãzinha...

- Então vai, Z.

                Ele colocou a mão na cintura e olhou para mim, estava desesperado, com cara de desolado.  Jamais imaginei que iria vê-lo assim.

- Você vai comigo.